
Terminei ontem o
"Percepções e Realidade" de Pedro Santana Lopes (PSL). Sempre considerei PSL um autêntico lobo na arte da oratória, fosse em debates, entrevistas ou, principalmente, nos congressos sociais democratas. No entanto, desconhecia de todo qualquer compilação de palavras escritas pelo seu punho, pelo que a compra do
"Percepções e Realidade" teve por base, confesso, a mediatização do lançamento do livro em Novembro de 2006. Ao fim de algumas páginas percebi que PSL escreve como fala; com à vontade, seguro, directo e confiante. Independentemente da veracidade total do conteúdo (que nunca ninguém vai poder provar ou contrariar), o texto é agradabilissímo. É um facto que os remates em jeito de desabafo com que termina várias análises assumem as despesas do "coitadinho", mas o texto vale muito mais do que isso. Vale pelas histórias da velha amizade com Durão Barroso, pelas pormenorizadas descrições do dia-a-dia de um
prime-minister, pela contraposição de factos ocorridos e notícias divulgadas e pelo esclarecimento de boatos e histórias que ensombraram o XVI Governo Constitucional. E se eu nunca gostei muito do Sampaio, é claro que depois de ler e analisar o exposto por PSL, agora dou mim a rosnar-lhe um impropério entre dentes quando lhe ponho a vista em cima. A ler novamente daqui a uns anos quando (e se!) Sampaio, Marcelo ou Cavaco decidirem contar a sua versão.
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